Somos todos ratos?
por Milena Santos
Durante o jogo dos times espanhóis
Barcelona e Vilarreal no dia 27 de abril deste ano um torcedor jogou uma banana
no campo, numa suposta atitude racista, o jogador Daniel Alves pegou a fruta e simplesmente
a comeu. Em apoio à atitude de Daniel Alves, o jogador de futebol Neymar postou
em suas contas em famosas redes sociais uma foto do momento que lateral–direito
comia a banana e escreveu: … # somos
todos macacos.
A frase gerou uma forte polêmica.
Macacos? Muitos opinam que essa frase em vez de combater o racismo endossa a
utilização deste termo usado de forma pejorativa, outros acreditam que essa
frase mostra que o que um ser humano é todos são, se o Daniel Alves é um
macaco, somos todos macacos.
Verdade inquestionável que nós humanos necessitamos
urgente entender que naturalmente somos gregários, para sermos realmente
felizes devemos viver em grupo, devemos amar e nos sentir amados, isoladamente
é impossível viver. Não importa a cor da pele, a raça, ou qualquer diferença
que haja, nós somos interdependentes, e que características físicas que nos
diferem, apenas nos embelezam, pois se fossemos todos iguais não conheceríamos
a beleza da diversidade, e que graça haveria e qual seria a utilidade da
liberdade de escolhas e gostos se não houvesse opções. O que seria de você que
gosta de melancia e odeia banana se todas as frutas tivessem o gosto e formato
deste último fruto citado?
Os pombos que aparecem no início desta
matéria não possuem inteligência intelectual para questionar porque nós –
aqueles que invadiram seu habitat e o destruiu construindo milhares de prédios,
casas e se apropriou do seu lar – o chamamos de ratos voadores, pois transmitem
doenças por conta da nossa poluição, mas nós humanos
podemos discutir, questionar, meditar e lutar contra o racismo.
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